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Governo do Pará ouve a sociedade civil sobre a segunda fase do projeto Belém Porto Futuro

Audiência pública promovida pela Secult apresentou as principais ações e esclareceu dúvidas sobre a iniciativa que amplia o acesso público à orla da capital
Por Thaís Siqueira (SECULT)
20/07/2021 15h34 - Atualizada em em 19/08/2021 11h36

Projeto foi apresentado pela equipe técnica da SecultUma audiência pública híbrida, com transmissão pelo canal da Secult no YouTube, apresentou e esclareceu dúvidas da sociedade civil sobre o projeto da 2ª fase do Parque Urbano Belém Porto Futuro. A escuta foi promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), nesta terça-feira (20), no auditório Nathanael Farias Leitão, no Ministério Público do Pará (MPPA).

A mesa foi composta pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal; secretário de Estado de Turismo, André Dias; Ricardo Sefer, Procurador-Geral do Estado; Procurador-Geral de Justiça, César Mattar Júnior; Superintendente Adjunto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ivan almeida de Souza; e a Conselheira Federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (Crea), Alice Rosas.

Por meio de um vídeo, o Governador Helder Barbalho cumprimentou os participantes dessa etapa de consolidação da segunda fase do Porto Futuro.

"Esta seguramente representará uma das maiores intervenções urbanas e o fortalecimento do potencial do turismo e do lazer, mas, indo além, fazendo com que a sociedade paraense possa ter o privilégio de consumir e conhecer as belezas naturais, com a preservação da história e da memória. Quero festejar esse momento. Que a contribuição da comunidade possa aperfeiçoar esse projeto tão importante realizado por quadros qualificados da Secult, com a colaboração de tanta gente preparada da academia paraense e brasileira. Desejo sucesso a essa audiência pública e que logo possamos ter esse equipamento à disposição da nossa sociedade", pontuou o governador.

DIÁLOGO

O Procurador-Geral do Estado, Ricardo Sefer, frisou a importância do diálogo com a população antes de avançar para as próximas etapas do projeto.

"Fico muito feliz por chegarmos a este momento de construção dialógica com a sociedade, de ponderamento, quando ainda não houve licitação, contratação. Esse é o momento de todos aqueles que querem o bem de Belém darem sua opinião e aprimorarem, para que não tenhamos dificuldades lá na frente, quando o projeto já estiver definido. Tenho certeza que isso vai ter um discurso coletivo da sociedade da Região Metropolitana de Belém para que nós possamos dar esse presente à nossa cidade", disse.

Na sequência, foi apresentado o projeto Porto Futuro II, elaborado pelo Departamento de Projetos da Secult, com apoio da Companhia Docas do Pará (CDP), que levou em consideração o diálogo com as demandas culturais.

"Essa foi uma tratativa de muitos meses, havia um projeto inicial de expansão dessa primeira etapa do Porto Futuro, que não foi feito em Belém e, logo que o governador Helder Barbalho assumiu, iniciamos um processo de escuta com representantes de algumas atividades ligadas à cultura alimentar, artesanato, patrimônio imaterial, que demonstraram muito interesse, na medida em que nós já tínhamos uma demanda reprimida de ocupação de um espaço que não deixa de ser uma continuação dessa abertura das nossas janelas para o rio", ressaltou a secretária Ursula Vidal.

PROJETO

O projeto inclui o restauro e revitalização dos armazéns 04, 04-A, 05, 06, 06-A e a remontagem dos armazéns 11 e 12, ocupando uma área total 50.000 m², com extensa cobertura vegetal.

As propostas para os armazéns preveem espaço para a economia criativa (artesanato e bioeconomia); cultura alimentar (alimentação, oficinas, experiências, cursos); uma praça central, com área infantil, apoio turístico, segurança e área técnica; estacionamento com 200 vagas para carros e bicicletário; nove guindastes, sendo que os dois laterais serão transformados em mirantes; e a transformação dos armazéns 11 e 12 em Memorial da Navegação Amazônica, solicitado pela CDP, e Memorial da Cultura Popular e Patrimônio Imaterial. A obra tem prazo estimado de 25 meses e o investimento será de R$ 270 milhões.

A sociedade civil teve a oportunidade de participar, tanto pelo e-mail disponibilizado, quanto presencialmente. Os questionamentos incluíam a democratização do acesso aos serviços e produtos, a estrutura, o acompanhamento arqueológico durante as obras, espaço para as apresentações artísticas, a oferta de serviços de cidadania, entre outros temas importantes. Para conferir a audiência pública completa, basta acessar o canal da Secult Pará no YouTube.