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Arraial do Pavulagem encerra o segundo dia da 23ª Feira do livro e das Multivozes com muita música e cultura popular

Por Gabriel Marques (SECULT)
26/08/2019 11h46

O segundo dia de programação da 23ª Feira Pan Amazônica do Livro e das Multivozes encerrou com show do grupo Arraial do Pavulagem na Arena Externa, no Hangar Centro de convenções e Feiras da Amazônia. O grupo mostrou o que faz de melhor nos últimos 32 anos: muita música e símbolos da cultura popular.

Unindo tradição e multivozes tanto no campo literário quanto no universo musical, a Feira do Livro, com seus 23 anos de história, e o Arraial, com 32 de atividade, são dois pilares da cultura local, como explica um dos integrantes do grupo musica, Júnior Soares.

“Enquanto a Feira ia se desenvolvendo, o Arraial do Pavulagem também ia evoluindo. Fomos tendo cada vez mais adeptos e mais gente nas ruas. Quando se consegue juntar expressões, festas com objetivos tão nobres no sentido de levar ao nosso povo a esperança da música, a mensagem que fica é de fortalecimento da nossa tradição”, explica.

Por um Estado plural

Propondo visões que estimulam o imaginário popular e a cultura local, a Feira do Livro conversa com seus convidados, prática que ocorre em cada um dos shows ao longo da programação.

Para Ronaldo Silva, integrante do grupo musical, a união de um evento que valoriza a leitura e a música, resulta na compreensão de um estado e um país plural. “Todos nós precisamos de conhecimento. Então quando você tem um evento que te dá acessibilidade cultural e quando estamos juntos em um momento tão importante pela cidadania e pelo conhecimento, aumentam nossas possibilidades de entender a importância da cultura e um país plural”, aponta.

Ainda segundo Ronaldo, a presença do Arraial do Pavulagem na Feira do Livro e Multivozes é resultado de um universo cultural que flui naturalmente para quem reconhece a importância do que já foi construído e do que virá futuramente. “O universo do imaginário popular só é viável para pessoas que têm a flexibilidade de conversar com o passado, o presente e o futuro. Então eu acho super natural que a gente esteja aqui contribuindo para esse diálogo do conhecimento, da acessibilidade, da cidadania”, conclui.

Cultura que contagia

Para a estudante Helena Ribeiro, que veio prestigiar o show, tanto a feira quanto as atrações são importantes temas a serem vistos e discutidos. “Acho fundamental, porque vivemos um período em que precisamos discutir diversos pontos, temas LGBTS, sobre negros, indígenas, então pra mim é muito importante a Feira estar abraçando tudo isso”, destaca.

O evento ainda agrega amigos e família em uma celebração musical que contagia, como conta Leandro Scantlebury, que veio prestigiar o evento com os familiares. “É muito gratificante ver que um manifesto cultural tão bonito como o Arraial do Pavulagem se tornou uma tradição que ultrapassou gerações em Belém. É motivo de orgulho! Trazer o Arraial do Pavulagem para a Feira do Livro é valorizar aquilo que é nosso, reforçando para nós, paraenses, o quão rica é a nossa terra, e mostrando para os que vêm de fora”, retrata. 

Serviço:

 A 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes é uma ação do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), que segue até 1º de setembro, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O evento está aberto para visitação entre 10h e 22h com entrada franca.