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Secult quer agilizar acesso de visitantes e pesquisadores ao acervo de museus

O processo de catalogação começa pelo Museu do Círio, com seus objetos religiosos e da cultura popular
Por Gabriel Marques (SECULT)
27/01/2020 22h58

Organizar e permitir o acesso de visitantes e pesquisadores às peças que compõem os acervos dos museus do Estado é o objetivo do Governo do Pará, que por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) realiza desde 06 de janeiro deste ano o inventário do Museu do Círio. A iniciativa inicia o processo de catalogação de todas as peças preservadas pelo Sistema Integrado de Museus (SIM).

O objetivo é sistematizar e possibilitar o acesso, para que pesquisadores e curadores possam conhecer as coleções e, dessa forma, desenvolver pesquisas, criando um banco de dados seguro e preciso. As peças estão sendo numeradas e separadas por categorias. Em seguida será feita a catalogação, quando serão acrescentadas informações sobre as peças.

Os objetos de miriti se destacam no acervo do Museu do CírioFoto: DivulgaçãoCom uma variedade de objetos, que inclui desde aqueles doados por promesseiros do Círio de Nazaré até elementos religiosos e populares, o Museu do Círio é o primeiro espaço a receber o processo de catalogação. Mais de 250 peças já passaram pela etapa de inventário.

O diretor do Museu do Círio, Anselmo do Amaral Paes, disse que o objetivo é mostrar à sociedade a importância cultural das peças. “Estamos fazendo um trabalho que vai englobar todo o acervo do Museu. Escolhemos os brinquedos de miriti para que possamos desenvolver uma brinquedoteca e, assim, aproximar as pessoas desses objetos. Para isso, precisamos saber quais e quantos itens possuímos. Está na hora de disponibilizar para todos essa catalogação”, informou o diretor.

Segundo Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus, a ação é importante para que sejam desenvolvidas atividades museológicas nos espaços do SIM. “O intuito dessa iniciativa é a salvaguarda do acervo. É ter condições de organizar, acessar e difundir esse material. Sem a catalogação, não tem como implementar um plano museológico. E ele é fundamental, pois, quando é feito, se tornam muito mais fáceis a criação de novas exposições e o desenvolvimento de pesquisas”, ressaltou.

Plataforma digital – O museólogo Emanuel Oliveira, coordenador de Documentação e Pesquisa do SIM, disse que, desde o começo da atual gestão, o objetivo foi verificar a quantidade e a qualidade dos inventários. “É necessário fazer esse novo levantamento para requalificar essas coleções e criar um banco de dados sólido, a ser acessado por todos”, acrescentou.

A tecnologia será a principal aliada do processo de criação do banco de dados. O acervo do SIM vai compor uma plataforma digital única, que poderá ser acessada por todos. “O trabalho que começou nesta gestão vai uniformizar todo o acervo, e a internet pode ser um meio eficaz no processo, guardando todas essas informações”, adiantou o museólogo.